Cro-Magnon: A História E O Legado DOS Primeiros Seres Humanos Modernos Da Europa
ISBN: 9781727486506
m março de 1868, em um abrigo rochoso no sudoeste da França, trabalhadores ferroviários se depararam com crânios humanos, ferramentas de pedra lascada e ossos de animais relativamente modernos. O geólogo francês, Louis Lartet, realizou escavações para investigar o abrigo rochoso de calcário e acabou encontrando quatro esqueletos parciais e ornamentos de concha, marfim e chifre de rena. Dada a natureza secular do que se encontrou, os espécimes foram nomeados em homenagem ao Abri de Crô-Magnon (abri = abrigo de rocha, e crô = buraco) em que foram descobertos.
Alguns dos achados notáveis do abrigo rochoso foram: Cro-Magnon 1, um crânio masculino quase completo (com exceção dos dentes) e restos de seu esqueleto; Cro-Magnon 2, vestígios incompletos de um crânio feminino e Cro-Magnon 3, restos parciais de um crânio masculino. Baseado no que foi encontrado, o local provavelmente data da Era do Pleistoceno Superior há cerca de 32-30 mil anos. Dos três crânios descobertos, o Cro-Magnon 1 foi considerado o espécime exemplar da “raça” (um conceito artificial da época) europeia Ocidental, mesmo não apresentando características mais graciosas que os outros dois crânios e não sendo assim tão semelhante a eles.
Os Cro-Magnons eram Homo sapiens, e as características mais marcantes da espécie são os traços culturais que aparecerem nos registros arqueológicos. Ferramentas passaram a ser produzidas com diversos materiais. As pessoas viajavam por longas distâncias ou realizavam trocas para a aquisição de materiais específicos para as ferramentas. Materiais simbólicos tornavam-se cada vez mais comum entre eles; pinturas rupestres, estatuetas, contas de conchas, pingentes e até enterros eram mais comuns entre humanos modernos do que entre Neandertais, e este pensamento abstrato pode ter ajudado a espécie a obter maior sucesso em adaptações do que outros humanos contemporâneos.